JORNAL FREELANCER
ATUALIDADES E TEMAS POUCO DISCUTIDOS.
18 outubro, 2006
Vantagem de Lula sobre Alckmin sobe para 19 pontos, diz Datafolha
Considerando apenas os votos válidos --excluindo brancos, nulos e indecisos--, o candidato do PT à reeleição tem 60% contra 40% do ex-governador de São Paulo. Na pesquisa anterior, Lula tinha 56% dos votos válidos e Alckmin, 44%. Com isso, a vantagem de Lula sobre Alckmin subiu de 12 pontos para 20 pontos nos votos válidos.
O Datafolha entrevistou 7.133 eleitores em 348 municípios. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
09 outubro, 2006
PRODUÇÃO DE AÇAÍ NÃO ACOMPANHA DEMANDA DO MERCADO
Por: Diego Luduvice.
Vários estabelecimentos que vendem açaí e seus derivados surgiram em Salvador nos últimos anos. Todo e qualquer bairro da cidade tem no mínimo um ponto de venda de sucos de açaí. Os dados não mentem: o crescimento real anualmente é de 30% para o mercado de açaí segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) da Amazônia Oriental.
Conseqüentemente, a produção e colheita desta fruta tipicamente da região amazônica elevam-se em média 5% a cada ano. Para se ter idéia, um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a produção florestal no Brasil rendeu R$ 8,5 bilhões em 2004, sendo 38% referentes a produtos coletados em vegetação nativa espontânea, onde o açaí teve um aumento de 12% em relação a 2003.
A orla de Salvador é o local de maior ascensão da comercialização dos sucos de açaí. Um exemplo que justifica o acontecimento é a história de José Vitorino, dono de uma rede de estabelecimentos denominada “Ácidos Naturais” localizados nos bairros do Imbuí e da Pituba. “No início vendia o suco e sanduíches pelas praias da cidade com minha esposa Gabriela”, conta Vitorino. Logo expandiu seu empreendimento e hoje disponibiliza de dois pontos de comercialização.
Segundo uma das funcionarias e cunhada do dono da Ácidos Naturais do Imbuí, Andréa Borges, “os jovens são os maiores consumidores dos produtos, principalmente aqueles que praticam esportes ou freqüentam academias”. O público apesar de bem variado é marcado pela presença massiva de adolescentes e esportistas, que são os responsáveis pela demanda dos estabelecimentos onde o carro chefe é o açaí.
Os preços variam nos diversos estabelecimentos. A mistura mais pedida é o açaí com banana, granola e guaraná em pó, que custa na Ácidos Naturais R$4,50. Já o açaí com morango, cupuaçu ou maçã com granola custa R$5,50 no mesmo local. Em contrapartida, locais como Coliseu do açaí situado próximo ao Largo de Roma a combinação do açaí com banana custa R$3,50 e no Mirante do Açaí no bairro do Garcia R$4,00 a mesma mistura.
Outra razão apontada para o crescimento da comercialização de sucos de açaí é o valor agregado ao produto. “Não vendemos apenas açaí, mas também sanduíches, sucos diversos, produtos naturais, artigos esportivos, camisetas, acessórios de surf e outros”, revela Janderson Melo, atendente de caixa da Ácidos Naturais. Em alguns casos é fornecida toda uma estrutura física para propiciar um maior conforto para os clientes. Computadores com acesso à internet e salas de reuniões servem como exemplo da sofisticação deste ramo de atividade que movimenta cada vez mais a economia dos bairros onde estão inseridos.
Entretanto, o crescimento da produção de açaí (5% ao ano) não acompanha o crescimento do mercado (30% ao ano), gerando uma alta de preços que é sentida primordialmente pela população de menor poder aquisitivo que utiliza o açaí como fonte de alimento, ao contrário de classes mais favorecidas que consumem o produto eventualmente. Esta disparidade pode atrapalhar o desenvolvimento deste ramo, por isso são necessárias medidas preventivas para a equiparação do que é produzido com a demanda do mercado.
Crédito Pessoal aquece economia
Diego Luduvice.
A maior parte dos créditos disponibilizados no Brasil são indiretos, ou seja, aqueles que se fazem nos próprios estabelecimentos do varejo à longo prazo e em prestações menores. Este fato serviu como alicerce do crescimento econômico no ano de 2005 e alavancou as vendas no varejo, que tiveram crescimento real de 12,6% em realção à julho de 2004. Para se ter noção, segundo dados do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), o volume de crédito chegou a R$ 533,4 bilhões em julho de 2005 (28,2% do Produto Interno Bruto - PIB), ao contrario dos 25,3% apresentado em julho de 2004.
No Relatório da Estabilidade Financeira Global apresentado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no dia 12 de setembro em Cingapura, revelou que o desenvolvimento do crédito pessoal é uma realidade mundial, ao contrário do que afirma o governo restringindo este recurso somente ao Brasil. A taxa representativa da utilização do crédito pessoal para o PIB em outros países é maior do que a do Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, o percentual chega a 90%.
As taxas de juros aplicadas tiveram uma queda de 0,2 pontos percentuais em 2005 em relação ao ano anterior, o que auxilia ainda mais a ascensão do consumo. No entanto, assim como o volume de crédito tem um aumento contínuo, a inadimplência acompanha o ritmo com um pequeno crescimento de 0,1 p.p de 2004 para 2005.
Neste contexto há uma disparidade evidente. As vendas no varejo aumentam com as diversas ofertas de crédito pessoal somando ao crescimento econômico brasileiro, mas a taxa de inadimplentes segue o compasso. O que fazer então? Crescer economicamente, porém criando uma parcela maior de devedores? Esta conjuntura não abre espaço para o crescimento sustentável, o que não é positivo para um país que busca uma ascensão econômica.
da Folha Online
Folha Imagem
Policiais controlam acessos a emissora de televisão em São PauloOs dois primeiros blocos foram quase que totalmente dedicados à "lavagem de roupa suja". Ambos os candidatos passaram em revista os escândalos políticos que vieram à tona nos últimos meses.Alckmin perguntou para Lula qual a origem do R$ 1,7 milhão que seria utilizado para a compra de um dossiê contra políticos tucanos. Lula questionou o tucano sobre os 69 pedidos de CPIs estacionados na Assembléia Legislativa de São Paulo. O ex-governador de São Paulo, no entanto, quase não mencionou o escândalo do "mensalão", enquanto Lula não se aprofundou nas denúncias que surgiram contra a gestão tucana no Estado.CorrupçãoA primeira pergunta feita por jornalistas aos presidenciáveis no debate da Rede Bandeirantes foi dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT.
Folha Imagem
Lula responde perguntas do tucano Geraldo Alckmin durante debate na TVLula foi questionado se sabia ou não da participação de membros do primeiro escalão de seu governo em escândalos de corrupção como o mensalão e a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa e afirmou que casos de corrupção anteriores ao seu governo eram jogados para debaixo do tapete."É exatamente por isso que eu quero ser reeleito, porque eu tenho certeza de quando souber, punirei. O problema é que durante muitos e muitos anos neste país ninguém sabia porque as coisas não aconteciam. Porque tinha corrupção, jogava embaixo do tapete." Lula afirmou também que perdeu muitos "companheiros" por conta dos escândalos de corrupção e vai perder quantos precisar. "Eu perdi companheiros de muito tempo e vou perder, se precisar, quantos for necessário, do meu partido ou de outros partidos políticos, porque quando a gente indica uma pessoa para ocupar um cargo, a gente espera que aquela pessoa cumpra o compromisso com a sociedade", disse.O petista voltou a usar metáforas familiares para explicar o desconhecimento de membros de seu governo nos casos de corrupção. "Quantas vezes você está na cozinha, acontece uma coisa dentro da sala com seu filho e você não sabe? Fica sabendo depois", disse.
Folha Imagem
Geraldo Alckmin ataca o presidente Lula durante debate na televisãoSegundo ele, "a lógica da ética não é você saber antes, porque se você souber, não acontece. A lógica da ética é você punir quando acontece. É você não acobertar, é você investigar, é você permitir que as instituições possam trabalhar livremente e isto eu tenho muito orgulho, muito orgulho de não ter vacilado um minuto em fiscalizar, investigar", disse.Ao comentar o tema, o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou que Lula não responde questões importantes."Veja os telespectadores que o Lula, arrogante esse tempo todo, quando chegam questões importantes, que visam direto a questão de princípios e valores, ele não responde. A questão do mensalão foi feita dentro do Palácio do Planalto, no terceiro andar, pelo seu ministro chefe da Casa Civil. Não são fatos isolados Lula, não são fatos isolados, mas é uma lista telefônica de corrupção", disse.O "mentiroso" contra o "leviano"O tom beligerante entre os dois candidatos, no entanto, se manteve controlado e somente em um momento resvalou para a crítica pessoal.
Folha Imagem
Debate entre Lula e Ackmin mobiliza assessores e partidários em emissora de televisão em São PauloNo primeiro bloco, os ânimos se exaltaram quando o tucano Geraldo Alckmin questionou o petista Luiz Inácio Lula da Silva sobre os gastos do governo federal com o cartão de crédito corporativo --uma espécie de cartão de crédito pago com recursos públicos."Não seja leviano, não seja leviano, pergunte isso ao FHC [ex-presidente Fernando Henrique Cardoso]", disse o petista."Respeito, respeito", retrucou o tucano com o dedo apontado para Lula.O uso dos cartões de crédito corporativos foi autorizado na administração pública ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).No segundo bloco, Lula questionou Alckmin sobre as as privatizações realizadas durante o governo de FHC, o que motivou o segundo momento mais acirrado da noite."Todo mundo sabe que o PFL e o PSDB que privatizaram esse país. Quando não tiver mais o que vender, o que ele vai fazer? Vai vender a Amazônia? Só posso responder aquilo que eu sei. Não disse que o governador vai privatizar, disse que há setores do PFL e PSDB que querem privatizar até a Petrobras", afirmou o presidente."Não minta, Lula. Não foi o PSDB nem o PFL que falaram em privatização, foi você que falou. Fico triste com a irresponsabilidade de um presidente da República ter dito isso. Foi você que falou e vou distribuir isso à imprensa no fim do debate. É mentira que vou acabar com o Bolsa Família", rebateu Alckmin. A insinuação de "mentiroso" motivou o comitê petista a pedir direito de resposta, mas que foi negado pela produção da "TV Bandeirantes".PropostasO debate de propostas para o país somente começou, realmente, no terceiro bloco do debate promovido pela "Bandeirantes". Os ataques mútuos, entretanto, não saíram de cena, em um confronto que continuou acalorado.O presidente e candidato Lula questionou Alckmin pelos problemas de segurança pública em São Paulo, lembrando os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital).Alckmin respondeu citando números sobre redução de homicídios e dizendo que o governo federal cortou recursos nos repasses para os Estados na área de segurança. Lula replicou, dizendo que, quando governador, Alckmin havia cortado as verbas para inteligência policial no Estado."Você cortou dinheiro da segurança pública. Há uma contradição entre os números que você decorou para esse debate e a realidade do Estado de São Paulo", disse Lula."Essa é uma questão nacional [segurança pública]. Eu não vou me omitir, jogando a culpa nos governadores", afirmou Alckmin, afirmando que em todos os Estados há problemas de segurança pública.Lula trouxe o governo FHC para a arena quando mencionou a crise energética de 1999 (o "apagão"). Ele questionou Alckmin sobre suas propostas para o setor. Alckmin minimizou o tema e disse que "houve um problema de falta de energia por questões hídricas. Por falta de chuva".Pouco antes, o candidato tucano havia criticado duramente a política externa do governo Lula, a qual considerou um "fracasso". "[Vaga no] Conselho de segurança na ONU, perdeu. Diretoria da OMC [Organização Mundial do Comércio], perdeu. Com a Bolívia, o Brasil foi humilhado, os ativos da Petrobras foram expropriados", acusou.Lula respondeu que a política externa brasileira é "ousada". "É uma política que fez o Brasil deixar de depender de dois blocos: Europa e Estados Unidos", disse, justificando que o trato com a Bolívia foi na base do diálogo, pois "a América Latina é o maior centro comercial brasileiro". "Se tem uma coisa que o Brasil tem de correto, e que você deveria reconhecer, é a política externa", revidou.Ataques até o fimOs ataques mútuos não cessaram nem no último dos cinco blocos do debate. Nas considerações finais, Lula fez a defesa da continuidade, dizendo que os "alicerces" do desenvolvimento já estavam prontos, mas que faltava o "madeiramento" e o "teto". Alckmin retomou a crítica feita ainda no primeiro minuto do debate: ele havia participado de todos os outros confrontos entre os candidatos, enquanto Lula se ausentou. Também bateu na tecla de que o PT "já teve sua chance" e encerrou sua participação criticando o estado dos hospitais federais. Pouco antes, Lula havia questionado Alckmin sobre a qualidade das escolas paulistas e da existência de "escolas de lata" no Estado. "O Estado de São Paulo não aceitou fazer o Prova Brasil por medo", alfinetou Lula. O tucano rebateu dizendo que o Estado não tinha mais "escolas de lata" mas "projeto Nakamura" --que usa estrutura metálica no telhado e tem vedação de chapas de aço e madeira.AudiênciaA TV Bandeirantes informou que o debate entre os dois candidatos rendeu 14,2 pontos de audiência, na média apurada pelo instituto Ibope, em sua medição prévia. Nos momentos de pico, a emissora chegou aos 20 pontos, mas não o suficiente para atingir a liderança do horário. A TV Bandeirantes ainda chegou ao segundo lugar, mas somente por alguns minutos e revezando-se com o SBT.
07 outubro, 2006
Agência Brasil - 06/10/2006 - 19:24
Depois de mais de seis horas reunido com a Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Berzoini, informou que se licenciou da presidência nacional do partido, cargo que ocupava desde o início do ano. A executiva também expulsou quatro petistas ligados à negociação de um dossiê que envolveria políticos do PSDB com a compra superfaturada de ambulâncias. “Meu afastamento tem o único objetivo não deixar nenhum embaraço para o pleno funcionamento da Executiva nesse momento. Eu refleti essa decisão com todos os membros da Executiva Nacional e sei individualizar posições. Mas eu topei fazer uma média das opiniões e ter uma posição que fosse conseqüente com a minha história no PT. O que o partido precisar nesse momento de mim nesse momento estarei à disposição”, disse em São Paulo. Quem assume a presidência do partido é o atual coordenador da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, que vai acumular as duas funções. O novo presidente do partido leu uma nota oficial da Executiva Nacional em que também oficializava a expulsão de quatro petistas acusados de envolvimento com a negociação do dossiê: Oswaldo Bargas, Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso e Hamilton Lacerda. “A Executiva Nacional do PT repudia a atitude destes filiados, considera um equívoco substituir a disputa de projetos por este tipo de prática, condena a promiscuidade com o grupo de criminosos, bem como o total desrespeito à democracia partidária. Os filiados que assim agiram colocaram-se na prática fora do partido. E por decisão da Executiva Nacional estão politicamente expulsos do PT”, registra o texto.
05 outubro, 2006
INFOGRÁFICO DO VOTO PALHAÇO
O texto do infográfico é composto de um manual de como votar e fazer a simulação neste elemento gráfico criativo e interessante. Ele disponibiliza de quatro opções: branco, nulo, legenda e candidato palhaço. Após a votação ainda é dada a opção de esperar mais quatro anos para saber se o quadro político melhora.
A característica mais válida é o grau elevado de interatividade. O internauta é quem opta pelo voto através do mouse e pode repetir quantas vezes julgar necessário. O desenrolar e a continuidade do processo gráfico é ditado pelo usuário que navega na internet, fato relevante quando comparado a outros veículos de comunicação como o jornalismo impresso. Didático pois trata de um assunto de interesse público de maneira descontraída e alusiva.
Composto de desenhos como a figura do palhaço, uma urna eletrônica, uma mão humana bem semelhante ao real e a tela da urna que constrói imagens de acordo com a escolha do indivíduo.
Contudo, pode-se afirmar que o infográfico tratado teve uma usabilidade indiscutível e com um poder de alusão de alto nível. Metáfora bem desenvolvida que funciona como um demonstrativo intenso e que transmite uma idéia inerente à realidade dos brasileiros.
Veja o infográfico através do link abaixo:
CONCEITOS
INFOGRAFIA ou infográficos são representações visuais de informação ou conhecimento. Esses gráficos são usados onde a informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica, como em mapas, jornalismo e manuais técnicos, educativos ou científicos. É um recurso com forte atração visual, muitas vezes combinando fotografia, desenho e texto. (Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Infografia> / Wikipédia, a enciclopédia livre.)
No design de jornais, o INFOGRÁFICO tem sua importância, já que pode ser usado para descrever como aconteceu determinado fato e suas conseqüências, além de explicar, por meio de ilustrações, diagramas e textos, fatos que o texto ou a foto não conseguem detalhar.
A infografia têm sua origem nos primordios da pré-história. Os primeiros mapas foram criados milênios antes do advento da escrita. Os mapas mais antigos que se têm conhecimento foram encontrados na antiquíssima cidade de Çatal Hüyük, na Turquia, e datam de cerca de 6200 a.C., localizados em pinturas numa parede. Já em 1626, Christopher Scheiner publicou Rosa Ursina sive Sol, estudo que revela uma variedade de gráficos para apresentar sua pesquisa astronômica sobre o sol. Utilizou-se sde uma série de imagens para explicar a rotação do sol no tempo (por manchas solares). Em 1786, William Playfair publicou os primeiro gráfico em seu livro The Commercial and Political Atlas. No livro, estão contidos uma gama de gráficos estatísticos que representam a economia no século XVIII na Inglaterra usando gráficos com barramentos.